Neste mês, eu tomei uma decisão muito acertada, e eu, estou muito feliz. Deixei a Secretaria de Educação desta cidade, com a convicção de ter feito uma das melhores coisas deste ano. Desde o início, estive á frente desta pasta, (Secretaria), e tentando ser feliz, tentando dar o melhor de mim, como tudo que me proponho a fazer. Mas, não consegui. Muitos eram os entraves. Vale a pena ressaltar, que quanto as relações com todos, não tenho nada a reclamar. Dentro da secretaria, eu entendia ou acreditava, que estava com uma excelente equipe, pois eu mesma havia escolhido uns 90% dos profissionais que ali estavam. Modéstia a parte, sempre nestes 50 anos de idade, tenho acertado nas escolhas que faço, quanto aqueles que se juntam a mim, especialmente no trabalho (quando posso escolher ou optar, claro). Então, acertei naquela equipe. Quanto aos meus colegas da educação, sempre os tive na mais alta estima e respeito, porque comungo das mesmas dores e alegrias. Os colegas de Prefeitura, secretários e os demais, pessoas muito gentis, e me dedicavam muito carinho..Então, penso eu, o meu trabalho tinha tudo para dar muito certo. E, deu. Não tenho dúvida, que até o dia 9 de Julho foi bom.
Mas, eu não tenho nenhuma intimidade com as práticas políticas, com as estratégias, com os arranjos, com os jeitos, com os interesses bem próprios de alguns da oposição ou não, que tem se colocado, como donos de decisões, das pessoas, que precisam se dar bem, para compensar, não sei o que, ou quem... Nunca me passou pela cabeça que política tinha disto... Eu, achei que todos que estavam nela, eram para fazer a diferença nas melhorias de uma coletividade, na melhoria de um povo, de um bem comum a todos. Que não estaríamos nela, por interesses próprios de beneficiar A ou B, porque "me ajudou na campanha", porque "votou no meu partido", porque "gastou assim, ou assado, para me eleger".
Eu achava, que o governo vinha do povo, e era para o povo. (Não para alguns). O Homem em sua essência é um ser gregário, solidário, que chora com os que choram, que não suspeita mal, que no mínimo, quer fazer o que é correto, para ser justo, e dar motivos certos, sérios para ser reconhecido, como um ser honesto, justo e trabalhador, e ser re-eleito com honras. Mas, temos um povo realmente doente, e aqui eu me incluo também. Nós só queremos o ter, o ser, e esquecemos que o teu, é que é mais importante. Fazer para o outro, nos faz mais humanos. Os políticos, os bons e os maus, são como todos nós, o povo: Sempre que possível, honestos e desonestos, justos e injustos, altruístas e egoístas, exigentes e intransigentes consigo e com os outros, incorruptíveis e corruptíveis, em vários momentos do dia a dia de cada um. Além desta motivação para serem o que são, nossa facilidade ou dificuldade em entendê-los, julgá-los, noticiá-los, perseguí-los, depreciá-los e condená-los pode ser outro vilão na formação das prioridades de cada um deles, no exercício de seus mandatos.
Tomei a melhor decisão. Recolhi-me a minhas insignificâncias, à minhas utopias, aos meus sonhos de mudanças. Acorda! tu que dormes, sai, vai com Deus! Vai sonhar lá no Piauí na sua infância. Os tempos são outros. Amadureci, envelheci, desisti, fugi..