Bom dia amigos e amigas. Vou defender minha esposa, de novo,
como pessoa, como educadora e como, até aqui, Secretária Municipal de Educação,
função honrosa que recebeu para, de uma forma singela, servir a esta cidade que
aprendemos a amar muito e querer o seu bem. Num dos jornais respeitados de
nossa cidade, numa reportagem [Leia
Aqui] assinada por uma, também, respeitada repórter, uma peça muito
completa afirmou que, segundo o título da mesma, a “Secretária de Educação
insinua que a imprensa é como urubu”, que “Problemas na Escola Bom Pastor,
documentados em foto e áudio, seriam vistos apenas com o olhar “maldoso” da
imprensa”. Faz parte desta defesa o reconhecimento sincero e óbvio, de nossa
parte, para com o Jornal em questão, considerando seu papel, sua história, seu
serviço social, e, principalmente, a idoneidade dos profissionais que ali
atuaram e atuam.
Nesta defesa vou apontar cinco virtudes muito presentes no
texto e na intenção da reportagem: Uma é a presença toante da imprensa, esse
canal maravilhoso de sustentação da democracia que queremos e precisamos; a
segunda virtude é a atenção dada à denúncia que receberam, e mesmo que tenha
sido um arranjo interesseiro de partes, visando o prejuízo no fruto produzido,
foi uma denúncia, e corretamente foi “auscultada”; a terceira virtude foi a
busca de se ouvir os dois lados envolvidos na questão, mesmo que num
entendimento ou outro, uma versão tenha sido mais argumentada que outra; a
quarta virtude, buscando a melhor informação possível, é o apontar de tudo, ou
quase tudo que realmente falta para que o projeto seja o ideal que se quer,
embora devesse ser considerado o avanço que já se foi dado diante do nada que
existia; por último, embora hajam mais virtudes, a quinta é o espaço que se deu
ao fato, no corpo do jornal, considerando a matéria significativa para toda a
comunidade.
Da mesma forma, aponto, na defesa que faço, três graves
erros, no mesmo texto, na mesma reportagem: um deles é a pincelada feita, no
início da reportagem, nas falas da Secretária de Educação, com afirmações fora
do contexto, com inserções tentando, a todo custo, contextualizar de forma
aderente aos objetivos da reportagem; se o autor daquela edição de falas usasse
a orientação do “faça ao outro o que queres que o outro lhe faça”, com
certeza o pincelamento seria muito diferente do que está no texto.
Outro erro grave é a negação da existência da imprensa
urubu; ela existe, enquanto a imprensa beija flor informa sobre o que vê, o que
acontece, apontando avanços e atrasos, positivos e negativos, feitos e
desfeitos, a urubu desinforma, este é o objetivo dela, busca mascarar a
realidade, apontando só o que não há, transparecendo que nada há; ela é
oposicionista, não interessada nos beneficiados, mas nos que se beneficiam com
a desinformação; ela é chantagista, promove meios para extorquir, de alguma
forma, os que serão atacados por sua reportagem; ela age como beija flor aos
que lhes oferecem vantagens enchendo suas páginas de boas notícias e suas
colunas sociais com os rostos e os esbanjamentos de seus personagens; ela é
provocadora, vive de piadinhas e indiretas pejorativas, de “gritinhos histéricos”
para promover intrigas baratas e o desconforto dos desafetos; ela é falsa, diz
que quer uma coisa, mas busca, na verdade outra, diz que quer o bem comum, mas
o que interessa é a falha dos perseguidos para que tenha conteúdos nos seus
reclames; assim, não há como negar que exista a imprensa urubu.
Outro erro que aponto aqui é erro comum, até mesmo entre os
religiosos, e em particular, os evangélicos; há os que, em nome de uma fé
esquisita, falam e fazem coisas absurdas, ofendem o direito de outros, e depois
quando vão colher o preço das tolices que promovem, tiram o corpo de lado, e
chama toda a categoria para pagar o preço; há os que gostam de afirmar que há
uma perseguição religiosa, contra todos os evangélicos, quando foi ele,
sozinho, que cutucou a situação de forma errônea; a reportagem afirma que urubu,
para a Secretária de Educação, é toda a imprensa, como se naquele momento a
repórter fosse a imprensa, e não uma, entre muitas, da imprensa. Sabe lá o que
ela disse, ou afirmou, à entrevistada, antes ou durante a entrevista, para
colher a resposta que recebeu (não os pincelados fora do contexto), e depois
chamou toda a imprensa para pagar o mico? Este é um erro gravíssimo, não ser
forte suficiente para colher o que plantou, e então convocar, obrigatoriamente,
todos os colegas para fazer isto; outros jornais, outros repórteres, na mídia
escrita ou digital, até mesmo de rádio e televisão, já estiveram, como beija flor
em contato e entrevista com a Secretária de Educação, mesmo apontando acertos e
erros na atuação da Secretaria Municipal de Educação, incluindo a Escola Bom
Pastor, e todos foram tratados com o devido respeito por ela; provavelmente a
mesma repórter em questão, também.
Finalizando esta defesa entendemos que na entrevista a
Secretária de Educação fez uma comparação muito bem feita da vida, inclusive
sobre a Escola Bom Pastor, e que funcionou como carapuça, mesmo que não tenha
sido esta a intenção; entendemos que a repórter e o Jornal aceitaram
indevidamente esta tal carapuça, pois sob hipótese nenhuma alguém pode entender
este Jornal (Quase Oficial da Cidade), bem como seus profissionais, seja como um Jornal
Urubu, pois nenhuma das características já mencionadas sobre este tipo de
imprensa, esta entidade essencial à nossa sociedade possui, e nunca possuiu em
sua longeva história; pessoalmente, também, rejeito a figura da águia para a imprensa
que é desenvolvida por este respeitado informativo, pois a figura desta ave é o
que conhecemos quando alguém diz: “fulano é uma águia”, e isto não é algo que
considero positivo para um trabalho sério que durante anos tenho acompanhado de
perto; águia é um cara “esperto”, que leva vantagem em tudo, aproveitador,
explorador dos outros, que sabe tirar proveitos de tudo. Lamentamos todo este
episódio, todo este mal entendido entre a flor e o beija flor, pois tanto a
Secretária de Educação que conheço, quanto um jornal honrado que também
conheço, num momento infeliz, trocaram farpas, mas que acredito, pelo bom senso
que envolve os dois lados, será algo momentâneo, favorecendo um futuro
promissor para os dois lados, e principalmente para a nossa Teixeira de
Freitas.
Pr.Jônatas David - 27 de Maio de 2013
Pr.Jônatas David - 27 de Maio de 2013