Muitas vezes pensamos que nos
bastamos, que estamos com tudo, que tudo está no seu lugar... aí vem as
decepções, as preocupações, as doenças; aí paramos para perceber, que tudo é muito limitado, é
incerto, é duvidoso, é muito frágil. Aprendi com uma pessoa próxima, que para
morrer, basta está vivo. (Que conclusão profunda!) Nos tornamos humildes,
dependentes, mais maduros, mais críticos de nós mesmos, mais sensíveis aos problemas nossos, e dos outros também. Quando
mais jovem, eu ficava horas olhando urubus voarem no céu do meu Estado, (Piauí)
o que é muito comum por lá, e agora, muito, muito, mas muito comum mesmo, aqui
em Teixeira de Freitas, devido à quantidade de lixo pelas ruas. Eu queria ser
como urubus. Voar, e voar sem compromisso com ninguém. Sem hora marcada, sem
ter que dar satisfação, sem guardar sentimentos, sem sofrer, sem ter que ir ao
dentista, ao médico, (ginecologista então, nem se fala) sem ter contas alguma
para pagar... Quando jovem, como eu queria ser um urubu, voar, e comer carniça,
e não adoecer. Hoje, será que eu mudei de opinião? Esta noite, eu acordei me sentindo muito mal. Muito tonta,
com vertigem, com muita dor de cabeça, e eu pensei: Vou morrer hoje. E já estou
pronta para isso. Só queria que não doesse.
Acreditei ser a pessoa mais certa
de que queria exatamente aquilo. Só disse a mim mesma: Não vou completar meus 50 anos! Mas, na quietude, fiquei
colocando os pingos nos “is”. Agradecendo a Deus tudo, tudo que vivi
abundantemente aqui com os que me cercam. Pensei: Meu marido precisa, viver mais, porque tem muitos
projetos, e os meninos(filhos)necessitam muito mais dele, como orientador de
suas vidas. Eu, nem mesmo, projetos tenho para os dias vindouros. ( Kkkkkkkk) Estou seguindo cada dia o seu curso, esperando
as coisas acontecerem. Estou escrevendo isso aqui, para colocar na cabeça de
quem estiver lendo, que é bom estar preparado para a hora H...ou a hora da eternidade.
Não desejo que você passe nenhum aperto assim, mas, é bom para fazermos um
checkup de nosso cotidiano, com o dono da vida e da morte.
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