Mês de março, estamos refletindo sobre mulheres especiais da Bíblia. Hoje, falaremos de três mulheres muito conhecidas na Bíblia. Noemi, Rute, e Orfa. Três mulheres viúvas, em um tempo que só tinha real valor, uma mulher com marido.
Uma sogra, e duas noras. Culturas bem diferentes, idades diferentes, religiões ou credos, diferentes. A dor, as perdas, as subtrações, as desvantagens, a solidão, a fome, as unia.
Mulheres fortes! Uma queria ser chamada de Mara, porque este nome significava amargura, e era assim, que Noemi se sentia. Amargurada, pois havia perdido mais, que as outras. Perdera o marido e os dois filhos, em um pequeno espaço de tempo. Chegou então a hora dos ajustes, do luto, da separação. A sogra, era estrangeira ali, no meio de um povo sem misericórdia, cheios de preconceitos.
Sabendo que já havia fartura na sua terra, quis então voltar. Como, não havia mais vínculo, porque agora eram ex-noras. Sem netos, e sem filhos para casarem com elas novamente, ficaram sem o elo de ligação. Havia respeito, havia afeto, havia amor, e cumplicidade entre as três.
Noemi, chamou as duas, e disse que elas deveriam procurar amparo e proteção no meio do povo delas, porque ela, Noemi, não poderia fazer mais nada. E diz o texto, que elas choraram muito neste momento de despedida, e de ajustes. Orfa, entendeu a sogra, beijou-a, e resolveu acatar a sugestão da sogra, para voltar para sua casa de origem.
A outra nora não aceitou. E disse:" não insistas para que te deixes. Vou a onde fores, morarei onde morares. O teu povo será o meu povo, e teu Deus, será o meu Deus". E, as duas voltaram para a região de Efrata.
Fico imaginando....Que sogra boa!, Que sogra madura! Que sogra que ama! Mesmo sem querer, ela apresentou, apontou outros caminhos, mesmo sofrendo. (Porque quem ama , quer o bem da pessoa. Naquele momento, o que ela via de melhor era a separação. O deixar ir, o voltar atrás). Para mim, e para muitas mulheres que creem que Deus tem a história sobre o seu perfeito controle, já sabia que uma, seria benção na vida da outra. E foi uma história linda delas duas. Tudo isso está registrado no livro de Rute.
Mas, a pergunta que não quer calar, é a seguinte: por que muitas vezes, nós mulheres, noras, não conseguimos conviver bem com as sogras? Por que as sogras criam tantos ciúmes com os filhos, a ponto, de infernizar o juízo das noras? É muito comum, as sogras se meterem nos relacionamentos dos filhos, apontando, erros, apontando sugestões, quase como ordens.
Precisamos como sogras, sermos como Noemi. Elegante no trato com as noras. Na hora das alegrias, celebrando juntas! No cotidiano, nos afazeres celebrando também as parcerias. Quando aparecerem as dores, a pobreza, os descaminhos... Juntas também, irão achar as saídas corretas. Uma, abençoando, carregando a dor da outra. Como foi no caso das três.
Nós mulheres temos muito mais capacidades de entrosamento, de união, de parceria, que a ala masculina. Lembrem aí! Nós podemos, nos abraçar, chorar no ombro da outra, ir ao banheiro juntas prosando, uma consertar o sutiã da outra. Quando não tem espelho, uma passar batom na outra, ninguém vai nos julgar.
Gostaria então de fazer um apelo aqui, a todas as sogras! Nós não podemos casar com nossos filhos! Então, facilitem a vida deles. Amando, cuidando, protegendo, ajudando, (se for um pedido ou se convocada) para que possamos ter forças e estratégias, na hora da dor. E, vocês bem sabem, quando a dor vem, sofremos todos juntos.
Precisamos estar todas olhando na mesma direção, para nos ajudar, mutuamente. Sogra boa, é vó boa, é mãe boa, é pessoa boa. A nora mais difícil do mundo, vai amar alguém que só sabe ser boa! Sua sogra.
Fiquei por aqui hoje.
Deus, abençoe a todos!
(Facebook)
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